Escola Estadual Elizabeth Mineiro: Alunos são assediados por traficantes e professores recebem ameaças de morte Escola é roubada pela 6ª vez Alunos e professores da Escola Estadual Elizabeth Mineiro estão reféns dos bandidos
Joab Barbalho
JARDEL PATRÍCIO ARRUDA
REPORTAGEM LOCAL
A ação de gangues tem assustado os funcionários da Escola Estadual Elizabeth Maria Bastos Mineiro, em
Várzea Grande. Com medo de se tornarem vítimas dos mesmos bandidos que já assaltaram a unidade escolar seis vezes somente neste ano, professores já estão desistindo de lecionar na escola.
Somente na última semana foram dois roubos. O primeiro 0correu durante o feriado de Corpus Christi (6), quando os bandidos levaram alguns computadores. Já o segundo foi na assaltos à escola foram registrados apenas nesta semana . dessa vez, os criminosos levaram todos os equipamentos eletrônicos da escola. Durante as duas ações dos bandidos, o vigia manteve-se escondido ou trancado dentro de uma sala. Os ladrões chegaram a fazer ameaças de matá-lo caso ousasse interferir no roubo ou chamar a polícia. Contudo, os roubos são apenas um dos motivos de medo. De acordo com José Carlos, coordenador da escola, traficantes e membros de gangues têm invadido a escola, deliberadamente, durante os períodos de aula, não só para vender drogas, mas também para ameaçar alunos e professores. “Eles entram tanto de noite quanto de dia. Uma professora recebeu um bilhete dizendo que a hora dela vai chegar. Já temos professores que desistiram de dar aula no período da noite. Estamos todos com muito medo”.
Para solucionar o problema os 25 computadores foram levados A Escola Estadual Elizabeth Mineiro está impossibilitada de funcionar administrativamente. A informação é do coordenador José Carlos. Ele explicou que, como os assaltantes levaram todos os 25 computadores da instituição, além das três impressoras, é impossível emitir transferências, atestados, declaração de bolsa-família e outros. Além dos computadores e impressoras, também foram roubadas duas caixas de som, vários grampeadores, e dois datashows.
Até mesmo as câmeras de segurança foram todas levadas. A escola provavelmente será incluída no programa Escola Segura, desenvolvido pela Seduc, Secretaria de Segurança Pública e pela Polícia Militar. A ideia deste programa surgiu devido às várias notícias e denúncias de crime dentro das escolas. A atuação da PM nestes colégios deverá ocorrer em vários níveis. Desde o pedagógico, através de palestras educativas e desenvolvimento de projetos que envolvam os alunos, até o preventivo, com a presença ostensiva de policiais. Escola ficou impedida de funcionar administrativamente, o servidor diz que a escola pleiteia, na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a implantação de uma segurança armada. “Não adianta comprar de volta tudo que foi roubado porque eles roubam de novo. Precisamos de segurança”. Eles também pedem o aumento do muro para três metros de altura, instalação de cerca farpada, grades nas janelas e reforço nos portões. Além disso, também foi solicitado à Seduc um novo transformador de energia, pois o atual não suporta que a iluminação completa do pátio seja acesa. “Se acendemos o refletor, tudo desliga”. Uma reunião foi marcada para segunda-feira (11) entre os funcionários da escola e comunidade para decidir se a unidade continuará funcionando sem a implantação dos itens de segurança. Em decorrência do final de semana, não foi possível entrar em contato com a Seduc.
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