A escola desempenha um papel marcante na história de vida dos jovens. No cotidiano escolar, uma multiplicidade de experiências é vivida e compartilhada entre os jovens e com professores, diretores e funcionários. Exerce também uma função fundamental na formação individual e social dos jovens, na construção de sua personalidade e identidade.
Como parte integrante e indissociável desse cotidiano devemos considerar os variados processos de conflitos e cooperação entre os jovens e destes com o mundo adulto.
Estudantes e a Escola
Em muitos casos, a frustração que o aluno estabelece com a escola está na não realização de suas expectativas diante daquilo que é oferecido pela instituição, tanto no que se refere aos conteúdos formais como na maneira pela qual suas opiniões são recebidas e tratadas pela diretoria, professores e funcionários.
Sua vontade é ser protagonista, fazer ouvir sua voz e ter espaços para mostrar e desenvolver suas capacidades. A escola preisa levar tais desejos e sentimentos em consideração e oferecer ao aluno diferentes oportunidades de realização.
Muitas vezes esses embates significam um choque de interesses e visões. Observa-se, por exemplo, uma contradição entre o que professores e membros da direção acham que deve ser – ou o que é aceito socialmente – e a realidade, ou seja, os interesses dos estudantes e as suas maneiras de ser e se comportar, negando e proibindo, portanto, símbolos específicos dessa fase da vida. Um exemplo comum é a proibição de certos itens e formas de vestimenta típicos da juventude.
Uma das maneiras de enfrentar tais dificuldades é incentivar e valorizar a organização dos estudantes na escola, criando e/ou fortalecendo canais de participação como, por exemplo, grêmios estudantis.
O grêmio estudantil é a organização que representa os interesses dos estudantes na escola, permitindo que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras possibilidades de ação, tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade. O grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Contribui para aumentar a participação dos estudantes nas atividades de sua escola, junto com pais, funcionários, professores, coordenadores e diretores – da programação à construção das regras dentro da escola.
Fonte: Cartilhas Temáticas - Instituto Sou da Paz http://www.soudapaz.org/Portals/0/Downloads/Cartilha01ESCOLA_VsFINAL.pdf
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