terça-feira, 19 de junho de 2012

Educação: Estratégias de Prevenção das Violências nas Escolas


Estratégias de Prevenção das Violências nas Escolas

s  manifestações  de  violência  nas  escolas  diferem  de  uma  instituição  para  outra. As  estratégias  de  prevenção  da  violência  e  de  promoção  de  convivência  pacífica devem,  portanto,  ser  pensadas  para  cada  caso  específico,  de  acordo  com  a  realidade de cada escola. Entretanto, com base em pesquisas feitas em escolas das metrópoles brasileiras que obtiveram êxito em suas propostas, foi possível observar princípios comuns que nortearam as ações.


  1. Apoio e participação de todos os membros da comunidade escolar – direção e equipe técnica, funcionários, estudantes, professores, família e comunidade – na realização  do  diagnóstico  dos  problemas  da  escola,  no  planejamento,  na  execução  e  na avaliação das ações.
  2. Estratégias  baseadas  no  diálogo,  que  levam  em  conta  a  valorização  das  respostas coletivas e a divisão de responsabilidades entre todos os atores escolares. 


Estratégias de Prevenção das Violências nas Escolas Como fazer?

Com base nesses princípios, nas ações dentro e fora do Brasil e na dinâmica da vida escolar, indicamos a seguir temas e estratégias que podem contribuir para promover a convivência pacífica nas escolas. 

Construção Coletiva das Normas e Regras de Convivência Escolar

As  normas  e  regras  são  preceitos  fundamentais  para  o  convívio  social  em  qualquer  instituição  onde  pessoas  com  visões  e  perfis  distintos  se  relacionam.  Elas  tanto  podem  ser positivas  no  estabelecimento  de  uma  convivência  harmoniosa  quanto  desencadeadoras de situações violentas. 

Nas instituições escolares isso não é diferente: respeito aos horários, observância a regras de comportamento em sala de aula e no pátio, uso do espaço físico fora do horário de aula, entre outras, são questões que requerem um conjunto de regulamentos para que haja um melhor  aproveitamento  e  respeito  entre  todos.  

O  papel  desempenhado  pela  instituição escolar, suas normas, regras e esferas de poder influenciam diretamente a convivência e o clima estabelecido em seu ambiente. Ao não envolver representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar na discussão  e  na  concepção  dessas  normas,  elas  se  tornam  frágeis  e  acabam  sendo  descumpridas,  pois muitos  não  entendem  ou  não  veem  sentido  na  sua  existência.  Assim,  a  escola  perde  o  apoio  para  legitimar  e  fazer  valer  os  direitos  individuais  e  coletivos.  

O  vácuo deixado por essa perda gera disputas de poder entre direção e estudantes, professores e estudantes,  estudantes  e  estudantes,  funcionários  e  estudantes  e  até  entre  a  escola  e  os moradores do entorno.Para determinados desvios de conduta, será mesmo necessário utilizar sanções. No entanto, para que elas sejam legítimas, suas regras devem ser claras e transparentes e não devem excluir o diálogo entre as partes envolvidas.

Uma das formas de criar condições para que os representantes de todos os segmentos da comunidade escolar participem e se envolvam na construção de regras de convivência, são os mecanismos de gestão da própria escola como, por exemplo, o Conselho de Escola e a Associação de Pais e Mestres, ou a criação de outros fóruns participativos.




Dicas:


• Realizar as reuniões no espaço e horário mais favoráveis à participação.  


• Envolver e motivar  a participação de  todos os membros da  comunidade escolar  (familiares,  alunos, professores e funcionários),  dando  atenção  àqueles  que  estão  distantes ou indiferentes. 


• Estabelecer  as  diretrizes  da  escola  com  base  na  “economia  normativa”,  ou  seja,  manter  as  regras  que  são realmente indispensáveis, acompanhadas da discussão intensiva das normas com todos os atores relacionados ao ambiente escolar.


•Organizar  os  encontros  não  apenas  para  divulgar  informações,  mas  para  que  sejam  um  espaço  de  discussão  e troca de ideias, saberes e propostas. 


• Criar formas de disseminação dessas regras e normas entre toda a comunidade escolar.


Fonte: Cartilhas Temáticas - Instituto Sou da Paz  http://www.soudapaz.org/Portals/0/Downloads/Cartilha01ESCOLA_VsFINAL.pdf














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