Estratégias de Prevenção das Violências nas Escolas
A s manifestações de violência nas escolas diferem de uma instituição para outra. As estratégias de prevenção da violência e de promoção de convivência pacífica devem, portanto, ser pensadas para cada caso específico, de acordo com a realidade de cada escola. Entretanto, com base em pesquisas feitas em escolas das metrópoles brasileiras que obtiveram êxito em suas propostas, foi possível observar princípios comuns que nortearam as ações.
- Apoio e participação de todos os membros da comunidade escolar – direção e equipe técnica, funcionários, estudantes, professores, família e comunidade – na realização do diagnóstico dos problemas da escola, no planejamento, na execução e na avaliação das ações.
- Estratégias baseadas no diálogo, que levam em conta a valorização das respostas coletivas e a divisão de responsabilidades entre todos os atores escolares.
Estratégias de Prevenção das Violências nas Escolas Como fazer?
Com base nesses princípios, nas ações dentro e fora do Brasil e na dinâmica da vida escolar, indicamos a seguir temas e estratégias que podem contribuir para promover a convivência pacífica nas escolas.
Construção Coletiva das Normas e Regras de Convivência Escolar
As normas e regras são preceitos fundamentais para o convívio social em qualquer instituição onde pessoas com visões e perfis distintos se relacionam. Elas tanto podem ser positivas no estabelecimento de uma convivência harmoniosa quanto desencadeadoras de situações violentas.
Nas instituições escolares isso não é diferente: respeito aos horários, observância a regras de comportamento em sala de aula e no pátio, uso do espaço físico fora do horário de aula, entre outras, são questões que requerem um conjunto de regulamentos para que haja um melhor aproveitamento e respeito entre todos.
O papel desempenhado pela instituição escolar, suas normas, regras e esferas de poder influenciam diretamente a convivência e o clima estabelecido em seu ambiente. Ao não envolver representantes dos diferentes segmentos da comunidade escolar na discussão e na concepção dessas normas, elas se tornam frágeis e acabam sendo descumpridas, pois muitos não entendem ou não veem sentido na sua existência. Assim, a escola perde o apoio para legitimar e fazer valer os direitos individuais e coletivos.
O vácuo deixado por essa perda gera disputas de poder entre direção e estudantes, professores e estudantes, estudantes e estudantes, funcionários e estudantes e até entre a escola e os moradores do entorno.Para determinados desvios de conduta, será mesmo necessário utilizar sanções. No entanto, para que elas sejam legítimas, suas regras devem ser claras e transparentes e não devem excluir o diálogo entre as partes envolvidas.
• Realizar as reuniões no espaço e horário mais favoráveis à participação.
• Envolver e motivar a participação de todos os membros da comunidade escolar (familiares, alunos, professores e funcionários), dando atenção àqueles que estão distantes ou indiferentes.
• Estabelecer as diretrizes da escola com base na “economia normativa”, ou seja, manter as regras que são realmente indispensáveis, acompanhadas da discussão intensiva das normas com todos os atores relacionados ao ambiente escolar.
•Organizar os encontros não apenas para divulgar informações, mas para que sejam um espaço de discussão e troca de ideias, saberes e propostas.
• Criar formas de disseminação dessas regras e normas entre toda a comunidade escolar.
Fonte: Cartilhas Temáticas - Instituto Sou da Paz http://www.soudapaz.org/Portals/0/Downloads/Cartilha01ESCOLA_VsFINAL.pdf
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