terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

INTRODUÇÃO À TAXONOMIA MICROBIANA: CONCEITOS

INTRODUÇÃO À TAXONOMIA MICROBIANA: CONCEITOS

Os seres vivos são classificados por meio de critérios preestabelecidos, isto é, usamos regras de classificação de acordo com a necessidade e com o sistema de classificação adotado.

A área da Biologia que estuda a classificação dos seres vivos é denominada taxonomia.

HISTÓRICO

A primeira tentativa de classificação foi feita pelo filósofo grego Aristóteles (384 - 322 a.C.).

Na metade do século XVII, o inglês John Ray (1627-1705) tentou catalogar e dispor sistematicamente todos os organismos do mundo. Foi também o primeiro a usar o termo espécie para designar um certo tipo de organismo.

SISTEMAS ARTIFICIAIS - Sistemas de classificação que utilizam um único critério para separar os organismos em grupos. Neste caso uso era apenas dos caracteres macroscópicos.

SISTEMA NATURAL - Entretanto, a partir do século XVIII, os sistemas de classificação tornaram-se naturais, usando critérios objetivos com dados fornecidos pela morfologia, fisiologia, ecologia e embriologia

Carlos Linnaeus, ou simplesmente Lineu (1707 – 1778), foi um dos primeiros pesquisadores a propor um sistema de classificação natural. Em 1758, no seu Systema Naturae, dividiu os animais conhecidos em mamíferos, aves, anfíbios (incluíram os répteis), peixes, insetos e vermes (que incluíam todos os outros invertebrados), subdividindo cada grupo até as espécies. Propôs também regras para a nomenclatura dos seres vivos com o uso de palavras latinas.

A história evolutiva dos organismos que apareceram após o período Pré-Cambriano pode ser estudada através da análise de fósseis.

Os microrganismos existiram antes deste período. Foram descobertos em rochas sedimentárias, fósseis microbianos com aproximadamente 3,5 bilhões de anos.

Análises moleculares podem fornecer evidências sobre o curso evolutivo dos microrganismos.

Fonte:

A FILOGENIA MOLECULAR REVELOU NÃO CINCO REINOS MAS TRÊS DOMINIOS, DOIS DELES EXCLUSIVAMENTE MICROBIANOS.

A taxonomia abrange três áreas interrelacionadas:

  1. Classificação

Arranjo ordenado dos organismos com caracteres similares e separados daqueles dissimilares em grupos denominados de “taxa” (no singular, “taxon”).

2.Taxa

O sistema de classificação biológica está baseado na chamada hierarquia taxonômica, que permite o ordenamento dos grupos de organismos em categorias ou posições a saber

3.Nomenclatura

Designa nomes aos grupos taxonômicos, de acordo com preceitos estabelecidos em regras internacionais. O objetivo primordial da indicação de nomes aos “taxa” é possibilitar uma forma de referência simples e sem ambiguidades, evitando a necessidade de descrição das características dos organismos.

REGRAS DE NOMENCLATURA

a) Na designação científica, os nomes devem ser latinos de origem ou, então, latinizados.

b) Em obras impressas, todo nome científico deve ser escrito em itálico (tipo de letra fina e inclinada), diferente do corpo tipográfico usado no texto corrido. Em trabalhos manuscritos, esses nomes devem ser grifados.

c) Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação binominal, onde o primeiro termo identifica o seu gênero e o segundo, sua espécie.

d) O nome relativo ao gênero deve ser um substantivo simples ou composto, escrito com inicial maiúscula.

e) O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula.

f) Em seguida ao nome do organismo é facultado colocar, por extenso ou abreviadamente, o nome do autor que primeiro o descreveu e denominou, sem qualquer pontuação intermediária, seguindo-se depois uma vírgula e a data em que foi publicado pela primeira vez.

g) Não confundir o nome do autor, mencionado após a espécie, com subespécie, uma vez que esta última é grafada com inicial minúscula e é escrita com o tipo itálico, enquanto o nome do autor tem sempre inicial maiúscula e não é grafado em itálico.

h) o subgênero aparece entre o gênero e a espécie entre parêntese e iniciando em letra maiúscula.

i) Em Zoologia, o nome da família é dado pela adição do sufixo - idae ao radical correspondente ao nome do gênero-tipo. Para subfamília, o sufixo usado é inae. As plantas levam a terminação - aceae

1. Identificação

Consiste na comparação dos organismos em estudo com aqueles conhecidos, visando determinar sua identidade ou nome. Portanto, trata-se de verificar se um dado organismo pertence a um grupo taxonômico estabelecido.

Conceito de espécie

Grupo de organismos capazes de cruzamento genético fértil com membros do mesmo grupo, sendo distinto de outros indivíduos de grupos similares.

Microrganismos: maioria haplóide, reprodução assexuada e morfologia pouco diferenciada.

Como fica o conceito de espécie ?

Conceito de espécie em microbiologia

Populações clonais que apresentam alto grau de similaridade fenotípica e genotípica, juntamente com dissimilaridade com outros grupos relacionados.

Espécie microbiana representa um grupo de biotipos semelhantes à estirpe padrão e diferente de outras. Para cada espécie é designada uma estirpe padrão ou type strain, que é mantida em coleções especializadas

CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO FENOTÍPICA - MÉTODOS TRADICIONAIS

DESVANTAGENS:

- Procedimentos podem ser longos

- Ambíguos;

- Afetados pelas condições do meio;

- Espécies filogeneticamente distintas;

- Problemas técnicos que dificultam a interpretação dos resultados (crescimento não é suficiente para degradar o substrato que se está testando, algumas características são instáveis – meios de cultura utilizado)

- Culturas mistas não permitem a diferenciação de espécies

CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO GENOTÍPICA

MÉTODOS GENOTÍPICOS IDENTIFICAM ATRAVÉS DO GENOMA, AO CONTRÁRIO DOS MÉTODOS BIOLÓGICOS E IMUNOLÓGICOS (FENOTÍPICOS) QUE DETECTAM OS PRODUTOS CODIFICADOS PELO GENOMA.

Ácidos nucléicos são universais em biologia celular, e a seqüência de bases de nucleotídeos das moléculas não são influenciadas pelas condições de cultivo.

Análises dos ácidos nucléicos deste modo, provem a base dos métodos de identificação e possuem a vantagem da reprodutibilidade. Métodos genéticos são mais promissores para uma rápida e acurada identificação.

Fonte: blog.cca.ufscar.br/lamam/files/2010/07/aula1_introducao_taxonomia.pp

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