domingo, 7 de novembro de 2021

 

BULLYING NA ESCOLA: UMA EXPERIÊNCIA NO AMBIENTE EDUCACIONAL.

BULLYING AT SCHOOL: AN EXPERIENCE IN THE EDUCATIONAL ENVIRONMENT

Prof. Esp. José Carlos Machado Cunha

 RESUMO
A existência do bullying homofóbico nas escolas existe, mas não é possível quantificar ou descobrir seus apoiadores pois as questões de gênero nas Escolas, apesar de se apresentar de forma das mais variadas formas,
numa comunidade escolar, apesar de ter realizado uma pesquisa quantitativa, a respeito dessa temática tão intrigante, não foi possível fazer uma relação com a do preconceito no que diz respeito ao bullying homofóbico. Apesar de se tentar fazer uma pesquisa com algumas questões básicas de cunho norteador, quais as principais características e os principais objetivos dessas investigações?
e como resultado pode observar que o bullying homofóbico, na prática formal e do dia quando interpelados, não existem estes, mas, faz-se necessário  politicas publica de estado e de governo, para promover intervenção e alternativas concretas no intuito de minimizar seus eventuais conflitos existentes em comunidades escolares. Acerca deste tema tão importante que é combater o bullying homofóbico, há uma necessidade futura para que as pessoas entrevistadas falem a verdade, só assim podemos quantificar este mal.

Palavras chave: Bullying Homofóbico. Comunidade Escolar.

 1.INTRODUÇÃO

     A Homofobia existe e persiste de forma das mais variadas dentro do seio das escolas e na sociedade como um todo, provocado por ações do bullying, o termo homofobia tem sido amplamente utilizado para a conceitualização da violência e discriminação contra indivíduos que apresentem orientação sexual diferente da heterossexual, especialmente no Brasil segundo Junqueira, 2007, Prado & Machado 2008, in Costa, Ângelo Brandelli & Nardi, Henrique Caetano), numa escola a relação estabelecida entre professores e alunos, bem como nas suas práticas escolares do dia a dia, são estreitas, os temas sobre gênero e sexualidade os tem sido objeto de debate no âmbito da sociedade.

    A sexualidade é abordada em um espaço privado, no interior da família e em outros espaços de convivência do indivíduo, onde são transmitidos os conceitos ou pré-conceitos sobre a sexualidade, e fica mais intenso ao longo dos anos, o indivíduo na sua convivência diária em seus espaços públicos, nas mídias sociais, com seus colegas entre outros, e vivencia mais experiencias, mas, cabe à escola abordar os diversos pontos de vista, valores e crenças existentes na sociedade para auxiliar o aluno a encontrar um ponto de autorreferência por meio da reflexão (BRASIL, 1998).

    Neste caso a homofobia pode se mostrar mais um motivo de preocupação, no que se refere ao bullying, o Bullying é um fenômeno que sugere atos de violência física ou verbal, que ocorrem de forma repetitiva e intencional contra um ou mais vítimas, (De Oliveira-Menegotto, 2013), pode-se dizer que no dia a dia da escola é um fato até infelizmente corriqueiro e inquietante para a comunidade escolar combater e que estão diretamente ligados no processo educacional.

      A “comunidade escolar” compreende professores, alunos e seus responsáveis, assim como o pessoal técnico e de apoio. O foco principal deste artigo está direcionado para a forma como este fenômeno é percebido por dois elos da escola que estão intimamente ligados o corpo docente e o corpo discente da escola, e como os reflexos desta interação situação favorecem a prática do bullying e em particular o homofóbico e até que ponto ele pode interferir no processo de ensino-aprendizagem.

    Descobrir o porquê desta prática ocorrente, e como pode ser evitado, pois se existe o bullying homofóbico, qual seria a melhor maneira de se antever, ou será que a realidade é outra, os discursos, as práticas de professores e alunos são a de sujeitos homofóbicos dentro das escolas, que passam despercebidos neste ambiente. Desta forma, as características que desencadeiam o bullying denotam a peculiaridade do problema no ambiente escolar, o que será apresentado aqui neste artigo será fruto de uma experiência laboral dos 25 anos de docência vivida com mais de 7500 alunos do ensino médio de escolas públicas, nas suas características Cecília Carvalho afirma que o bullying apresenta 3 (três) características essenciais, que o distinguem dos breves desentendimentos entre crianças, sendo elas:

1. A intencionalidade: O agressor pretende sempre maltratar e causar mal-estar ao outro (vítima).

2. Frequência dos comportamentos: os comportamentos são repetidos ao longo do tempo e assumem um caráter continuado.

3. Desequilíbrio do poder: existem sempre uma criança que domina (agressor) perante uma criança que não se consegue defender (vítima).

    Com essas atitudes e com esse comportamento violento e discriminatório, pode afetar o homossexual, o diferente e o estranho, e com isso reproduzem formas de preconceito e discriminação, que podem levar a consequências das mais diversas, e chegar ao extremo da violência que é a morte, os profissionais da educação, no nosso caso professores estão preparados para este tipo de problemas? Com minha experiência respondo que não, faz necessário que o Estado promova formações neste tema.

                E quais as ações orientadoras para os educadores, funcionários e familiares envolvidos nesta comunidade. Percebe-se que a homofobia, pode assumir várias facetas e que por diversas vezes de forma bem explícita. É preciso uma tomada de atitude, assim, seu enfrentamento precisa de uma gama de ações, que vai além do ambiente escolar, levando a vários questionamentos das formas de empoderamento que estão associadas ao gênero e à sexualidade humana, que vem há vários séculos ocorrendo em nossa sociedade.

                Que se mostra visivelmente mais corriqueira. Por isso, a escola precisa estar focada no individuo, na formação do cidadão crítico, se posicionando no reconhecimento da diversidade sociocultural existente entre as pessoas.

    O poder Público tem o dever de fomentar e promover uma educação voltada a dignidade humana, formar cidadãos críticos, e que sua política seja fomentadora da inclusão social para garantir a cidadania e os direitos sociais já conquistados.

                E se as ações educacionais têm o dever de promover a equidade de gênero, num ambiente rico em diversidade de gênero, de raça e de cultura, para combater o, bullying, o sexismo e a homofobia dentro da escola.

                Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de 1998 incluem os temas gênero e a sexualidade como temas transversais, mas, só isso garante o respeito à pessoa independente de sua opção ou orientação sexual.

 2. JUSTIFICATIVA

     A discussão sobre a presente pesquisa do bullying homofóbico nas escolas, tem por seus objetivos verificar que percepção existe nas relações de professor aluno, no que diz respeito as suas opções sexuais, e com que grau isto se apresenta, como garantia de equidade, por ser considerada importante na formação do cidadão.

    Conhecer como a escola percebe os comportamentos de bullying homofóbico, com minha percepção de vivência sugiro discutir com o maior número possível de pessoas no âmbito da comunidade escolar, neste caso específico entre professores e alunos, a partir da escola, sobre os aspectos comportamentais que levam ao bullying, e quais os efeitos refletidos na comunidade com essas práticas, como medidas preventivas, no máximo, acredito ser um caminho a ser trilhado, espera-se que nestas ações a serem empregadas possam contribuir para o crescimento igualitário e livre de preconceitos de qualquer espécie.

    A sexualidade tem de ser compreendida como ação relacional trágica e inaceitável com diferentes enfoques e ênfases esta temática tem sido apresentada como um tema transversal, desta forma o Ministério da Educação no Brasil, decidiu, optar na integração da Orientação Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), por meio da transversalidade, o que significa que tanto a concepção quanto os objetivos e conteúdos propostos por Orientação Sexual encontram-se contemplados pelas diversas áreas do conhecimento.

            O termo “Sexualidade” pode ser entendido como sendo “um conjunto de descobertas, crenças, práticas, escolhas, fantasias e experiências relacionadas ao ato sexual construída ao longo da vida das pessoas”. Este termo foi escolhido dentre muitos outro, mas, foi que veio a calhar e está contida na Cartilha Diversidade sexual nas escolas: o que os profissionais de educação precisam saber / Luciana Kamel; Cristina Pimenta. – Rio de Janeiro: ABIA, 2008. 

     Dessa forma, o posicionamento proposto pelo tema de Orientação Sexual, assim como acontece com todos os Temas Transversais, impregnará toda a prática educativa. Cada uma das áreas tratará da temática da sexualidade por meio da sua própria proposta de trabalho. Ao se apresentarem os conteúdos de Orientação Sexual, serão explicitadas as articulações mais evidentes de cada bloco de conteúdo com as diversas áreas (Brasil, 1998). 

    A questão é como este tema está sendo trabalhado e se o bullying homofóbico prevalece ou não.  Segundo SILVA indaga que posicionamento deve ter o professor, e em situações sobre a homossexualidade, “Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente profissional”.

     O bullying de uma forma geral tem se propagado nas escolas, FANTE (2005), ele sugere que "É uma das formas de violência que mais cresce no mundo, pode-se dizer que faz parte do dia a dia da escola, contemporâneo e atual, essa questão é carente de iniciativas dos profissionais da educação e pesquisadores da área, tanto na rede pública como quanto da rede privada de educação. Na verdade, existe uma dificuldade de tratar abertamente dos temas, sexualidade, homossexualidade e homofobia dentro das escolas.

    Uma consequência marcante é que, tanto professores e alunos que se declaram ou são identificados homossexuais são marginalizados no âmbito da escola (Mac na Ghaill, 1991). E estas manifestações homofóbicas afloram em todas as faixas de idade.

    Assim, o presente trabalho concentra-se em investigar em quais situações o bullying se relaciona com a homofobia, bem como descobrir algumas estratégias e boas práticas na educação e orientação sexual.

 3. OBJETIVOS

3.1 GERAL

- Perceber de que forma os professores e alunos, interagem com a diversidade de gênero e quais os aspectos comportamentais levam ao bullying e em especial o de caráter homofóbico numa comunidade escolar.

3.2 ESPECÍFICOS

-  Conhecer junto com a comunidade escolar, professor e alunos as diversas formas de compreender como as transformações comportamentais e em especial a homossexualidade se manifesta neste ambiente.

4. METODOLOGIA

     Este artigo foi baseado em uma pesquisa em uma escola da rede estadual de educação na qual trabalhei, que se verificou  entre a comunidade de professores e alunos a presença ou não do Bullying homofóbico em escolas, foi desenvolvido através pesquisa quantitativa utilizando questionários, que será distribuído numa escola da rede pública estadual do período noturno, o universo do meu público alvo será professores e alunos em duas turmas de alunos e alunas do ensino médio  do noturno da cidade de Várzea Grande-MT.

    Os instrumentos da pesquisa de coletas de dados foram usados um questionário, onde foram propostas algumas perguntas envolvendo o tema chave, o bullying homofóbico, com respostas sim e não em relação a estas perguntas.

Um breve parêntesis: a expressão “opção sexual” aparece em alguns discursos na sociedade. Contudo, não é a forma mais interessante, de um ponto de vista conceitual, para falar do fenômeno da variação sexual. “Desejos” não são escolhas. A noção de “opção sexual” transmite a impressão de um processo decisório racional e consciente em que os sujeitos arbitram, por livre capricho, ter experiências sexuais com outras pertences a um e/ou outro sexo. Apesar de que a expressão “opção sexual” é também ineficiente pra descrever a “heterossexualidade”.

    As orientações 'homo/bissexuais' só podem ser retratadas como “opção” por oposição ao caráter supostamente normal/natural que é atribuído à heterossexualidade. A heterossexualidade nunca é vista como “escolha”, não é?  O desejo homossexual, por outro lado, pode ser retratado como “opção”, mas é vivido (pelo menos por quem adere a uma orientação homossexual) como uma força que sobrepuja a capacidade de escolha pessoal. A categoria “orientação sexual”, além de ter se revelado mais estratégica politicamente desde os anos 1980, é um termo menos incongruente com a experiência pessoal de gays, lésbicas, bissexuais, etc (que simplesmente “desejam” pessoas do mesmo sexo – não “escolhem” desejar).

 5. CONCEITUANDO BULLYING

     O termo Bullying de origem Inglesa que significa, segundo o dicionário Priberam é um “conjunto de maus-tratos, ameaças, coações ou outros atos de intimidação física ou psicológica exercido de forma continuada sobre uma pessoa considerada mais fraca ou mais vulnerável”. O termo bullying foi citado pela primeira vez por OLWEUS(1991). Por se tratar de um termo genérico que tem um significado bem amplo no que diz respeito a agressão, intimidação, humilhação, etc..

    Estudar o bullying nas escolas aqui no Brasil não é fato novo, o que se quer tornar visível na verdade é a presença do bullying homofóbico, tendo em vista que ele está inserido de forma genérica, já que o bullying que se destaca é o que aponta pelo campo da agressão da intimidação, mas se faz a pergunta. Qual seria o fator motivador desta agressão? Ou, o que está por traz deste tipo de comportamento? O que se pretende verificar aqui se na verdade a homofobia está ou não motivando os casos de Bullying, e se comprovado, as campanhas nas mídias podem ser um mecanismo de conscientização ou de certa forma ajudar a minimizar e até prevenir seus efeitos nefastos, as políticas educacionais, respaldados por políticas públicas, podem contribui de certa forma com o esta forma de comportamento, quiçá, por um fim nas intimidações e agressões sejam verbais ou físicas, pode-se recupera a autoestima e a autoconfiança das vítimas, evitando assim possíveis fobias, ojeriza da escola, E de também possíveis tentativas de suicídio e depressão.

 6. O QUE É HOMOFOBIA?

     O termo homofobia pode ser caracterizado como uma aversão ou ódio aos homossexuais, à todos aquele que praticam uma atração homoafetiva, é uma das principais causas que originam a discriminação, violência contra gay, lésbica, travesti, transexual,5 bissexual, entendido(a) e transgêneros. Na realidade a homofobia expressa de forma acintosa ou não, pois pode se apresentar camufladamente, em oculto ou velada, por meio de atitudes e expressões verbais e não verbais.

    No Brasil as reações homofóbicas não são diferentes do resto do mundo, se ver nas mídias que homossexuais tanto masculinos quanto femininos vivenciam diversas agressões de caráter homofóbico, isto ocorre no seio da família, que deveria ser um lugar acolhedor, e nos mais locais, a aceitação da homossexualidade por parte da sociedade ocidental, não é vista com bons olhos, pois estão pautados numa política social machista, para que se diminua este comportamento homofóbico e a consequente agressão crescentes, o nosso país promulgou leis e acordos internacionais relativos aos direitos humanos.

Acredita-se que, a homofobia é um ato irracional que descaminha para a injustiça e a exclusão em todas as vertentes da vida do ser humano, e não somente com leis, mais com uma educação efetiva e empenho de toda sociedade.

 7. BULLYING HOMOFÓBICO NA ESCOLA.

    Se existe soluções rápidas para se evitar o Bullying nas escolas, ainda não surgiu, pois possível observar que tem sido comum existência de bullying Homofóbico no seio das escolas, mas se apresenta de forma imperceptível, quando se diz que certo aluno é ou aparenta ser um homossexual, ocorrem críticas as suas ações, como um todo seja na verbalização, apetrechos do sexo oposto, sejam femininos no caso dos meninos, seja masculino no caso das meninas, às escolas como instituições que reproduzem um modelo ocidental heteronormativo, onde os costumes, a cultura disseminada aponta a família como um casal heterossexual e segue um roteiro oposto do homossexualismo.

    Por sua vez cria um clima de homofobia, abrindo oportunidade e uma brecha para surgir o bullying homofóbico, por meio de piadas, humilhações para aqueles que se apresentam como sendo um homossexual, e impondo medo para aqueles que ainda não demonstraram a sua opção sexual.

    Segundo Candau, 2003 in DE SOUSA, Galdino Rodrigues et al, afirma que o bullying é Caracterizado por xingamentos, deboches e piadas, o bullying, quando desencadeado em espaços escolares, traz consequências indesejáveis no processo de ensino aprendizagem e na própria vida dos indivíduos que dele sofrem, podendo acarretar até mesmo o suicídio.

    Essas agressões, à primeira vista, não apresentam relevância e são tidas como inofensivas. Todavia, apenas quem é alvo consegue ter a devida noção do sofrimento psíquico e da sensação de humilhação que elas desencadeiam.

    Em decorrência disto, estes alunos e alunas podem ser ou se sentem marginalizados dentro do ambiente escolar.

          Encontra-se algumas conceituações do termo “Orientação Sexual” é a atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa pode sentir ou não pela outra. A orientação sexual existe num continuum que varia desde a homossexualidade exclusiva até a heterossexualidade exclusiva, passando pelas diversas formas de bissexualidade. (CONSELHO Nacional de Combate à Discriminação/ Ministério da Saúde, 2007).

    As escolas que deveriam ser ambientes reprodutores da igualdade, defensores dos direitos humanos, da liberdade da livre ¹orientação sexual. Em seu artigo JUNQUEIRA(2009) afirma que “As escolas que deveriam desempenhar um papel capital na luta contra a intolerância, levando a compreender que o reconhecimento da igualdade de gays e lésbicas é uma questão que diz respeito a todos”.

Em vez disso tornam-se um ambiente pedagogicamente inóspito, para qualquer expressão ou orientação que seja diferente da heterossexualidade, mas, de forma camuflada e velada.

 7.1. A RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO

    Falar sobre bullying homofóbico é um assunto sobre o quais muitas escolas, não se preocupam, pois a maioria dos professores e pais comunga uma mesma perspectiva heteronormativa de uma cultura tradicional ocidental, quando não rechaçam a homossexualidade eles preferem permanecer em silêncio, por ser mais fácil. 

    O governo Federal já implementou alguns programas direcionados a uma política voltada aos direitos humanos, tais como: “Brasil sem Homofobia”. Muitos tabus culturais e tradicionais são mantidos na escola e perpetuados pela família Ocidental, e assim exercem influência não só pelo comportamento, mas também em suas atitudes de origem sexual.

    Pode-se observar que as práticas e atitudes de professore(a)s e alunas(os) no dia a dia escolar, permitem verificar o quanto e como diversas formas de preconceito em relação aos homossexuais recheados de humilhações e violências e de exclusão é corriqueiro nas mais diversas situações que envolvem as relações professore(a)s x aluno(a)s, nos quais, bem diferentes do que está escrito nos Planos Políticos Pedagógicos das escolas e não faz parte de um planejamento ou do currículo da própria escola assim passa desapercebido, mas de certa firma influi na formação do cidadão crítico e implicações estas podem ser levadas para toda a vida do indivíduo como um todo, fatos que aparentemente aos olhos não críticos.

    Comemora-se no O dia 28 de junho – Dia do Orgulho LGBT²QI+, data celebrada e lembrada mundialmente, que marca a revolta de Stonewall, ocorrida em Nova Iorque, em 1969, na qual a comunidade LGBT reuniu-se em um movimento de resistência contra a truculência da polícia, que constantemente espancava os homossexuais que frequentavam o bar de mesmo nome (UFMG, 2021)

    Não há de se negar que existe dos esforços e emprenho por parte de alguns educadores, com apoio de ativistas LGBT²QI+, com o intuito de desenvolver programas mais eficazes para fornecer respaldo pedagógico e até mesmo jurídico sobre homofobia e sexualidade em escolas públicas.

     Na maioria desses programas têm sido objeto de protesto por parte da igreja e heterossexistas como também de homofóbicos com ataques, agressões e difamação. 

    Assim procuram por diversas formas e muitas vezes com sucesso, impedir à aplicação e a promoção a equidade sexual, não permitindo que estas práticas pedagógicas ocorram assim o clima de repressão da intolerância e do medo, permea no seio da escola.

    A forma de como essa relação se manifesta está centrada na  cultura, isto é, sofre influências sociais, culturais e pedagógicas, nas questões de cunho religioso, de tradição familiar ou ate mesmo de costumes étnicos.

 7.2. RESULTADO DA PESQUISA

     Numa pesquisa do turno horário noturno, foram entrevistados 9 professores e 45 alunos todos do ensino médio noturno. Foram observadas estas respostas de um certo número de alunos do ensino médio do noturno.

 1-    Na pergunta: Qual o gênero que você é?

 

Entrevistados

masculino

feminimo

Outro(qual pode dizer?)

Prefiro não falar

Professor

4

5

Não houve

Não houve

Alunos

19

2

1 se declarou gay

Não houve

 2-    Na pergunta: Você se acha homofóbico? Sim ou Não.

 Entrevistados


masculino

feminino

Outro(qual pode dizer?)

Prefiro não falar

Professor

Não

Não

x.xx.

x.xx.

Alunos

Não

Não

x.xx.

x.xx.

3-    Na pergunta: Você sabe o que é  bullying homofóbico? Sim ou Não .

 

Entrevistados

masculino

feminino

Qual pode dizer?)

Prefiro não falar

Professor

Sim

Sim

x.x.x.

x.x.x.

Alunos

Sim

Sim

x.x.x.

x.x.x.

 4-    Na pergunta: Você já presenciou alguma forma de bullying homofóbico? Sim ou Não .

 

Entrevistados

masculino

feminino

Qual pode dizer?

Prefiro não falar

Professor

4 Sim

5 Sim

x.x.x.

x.x.x.

Alunos

12 Sim

21 Sim

x.x.x.

x.x.x.

5-    Na pergunta: Você é contra a qualquer forma de bullying homofóbico? Sim ou Não.

 Entrevistados


masculino

feminino

Qual pode dizer?

Prefiro não falar

Professor

4 Sim

5 Sim

x.x.x.

x.x.x.

Alunos

19 Sim

26 Sim

x.x.x.

x.x.x.

 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

     Diante dessas respostas da pesquisa foi observado que os entrevistados embora saibam o que é bullying homofóbico, não demonstraram qualquer tipo de opinião que o posso classificar como homofóbico, todos condenam, mas, já presenciaram os variados tipos de bullying homofónico, como já havia falado no inicio deste artigo que aqui em mato grosso este tipo de bullying é de forma velada na sua grande essência, segundo De Souza, Galdino Rodrigues et al, 2018, Elas ocorrem sem motivação aparente ou evidente e na forma “velada”, sendo adotadas por uma ou mais pessoas contra outra(s), dentro de uma relação desigual de poder.

    Pode-se ainda citar que esta forma de preconceito velada também é citada dentre outros autores como Pereira, G. R., Varela, C. M., & Silveira, G. P. (2015), que afirma que “é válido reafirmar a problemática da homofobia em nossa sociedade, sendo esse, um dos últimos preconceitos ainda aceitos, ou pelo menos vivenciado de forma “velada” por aqueles que observam como expectadores, coadjuvantes das práticas de agressão e violência contra a comunidade LGBT²QI+, mais especificamente, e de forma generalizada, a todo e qualquer ser humano que expresse e vivencie sua identidade de gênero e orientação sexual de forma diversa ao estereótipo considerado padrão.

    Conclui-se que fica difícil, descobrir ou quantificar quantos ou quais grupos podem ser declarados homofóbicos ou até mesmo praticar o bullying como foi comprovado nesta pesquisa, apesar de um pequeno espaço amostral desta escola, observou-se total repudio e não aprovação de práticas de bullying homofóbico dentro daquela comunidade escolar.

 9. REFERÊNCIAS

 BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental.  Parâmetros Curriculares Nacionais: Apresentação dos Temas Transversais – Orientação Sexual. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro102.pdf . Acessado em 13 Agos.2011.

 CANDAU, Vera Maria. Somos todos iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

 CONSELHO NACIONAL DE COMBATE À DISCRIMINAÇÃO. Brasil sem homofobia: Programa de combate à violência e à discriminação contra GLBT e de Promoção à Cidadania Homossexual. Brasília: Ministério da Saúde.2007.

 COSTA, Ângelo Brandelli; NARDI, Henrique Caetano. Homofobia e preconceito contra diversidade sexual: debate conceitual. Temas em psicologia, v. 23, n. 3, p. 715-726, 2015.

 DE OLIVEIRA-MENEGOTTO, Lisiane Machado; PASINI, Audri Inês; LEVANDOWSKI, Gabriel. O bullying escolar no Brasil: uma revisão de artigos científicos. Psicologia: teoria e prática, v. 15, n. 2, p. 203-215, 2013.

DE SOUSA, GALDINO RODRIGUES ET AL. A homofobia como uma das faces do bullying: análise em periódicos científicos da Educação Física. Motrivivência, v. 30, n. 54, p. 245-262, 2018.

 D. AND RUBIN, K. (Eds.)  The Development and Treatment of Childhood Aggression,  (pp. 411–438). Hillsdale, NJ: Earlbaum

 DICIONÁRIO PRIBERAM DA LÍNGUA PORTUGUESA (Portuguese Edition) by Priberam (Kindle Edition - Apr 1, 2011).http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=bullying, acesso em 29/07/2021.

 FANTE, CLEO. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2ª Ed. Ver. Campinas, SP: Verus editora, 2005.

 FRANKHAM, J. (1996). Young Gay Men and HIV Infection, AVERT, Horsham.

 JUNQUEIRA, R, D, Não temos que lidar com isso. Aqui não há gays, nem lésbicas! Estados de negação da homofobia nas escolas, 2009. Trabalho apresentado no GT23 – “Gênero, Sexualidade e Educação” por ocasião da 32ª Reunião nual da ANPEd (associação Nacional de Pós-Graduação e |Pesquisa em Educação), Caxambu/MG, 04-07 out. 2009, com o tema central “Sociedade, cultura e educação: novas regulações?”.Disponível em http://www.anped.org.br/reunioes/32ra/arquivos/trabalhos/GT23-5575--Int.pdf

 KAMEL, L.; PIMENTA, C.. Diversidade sexual nas escolas – O que os profissionais de educação precisam saber. Rio de janeiro: ABIA (Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS), 2008. Disponível em: <http://www.abiaids.org.br/_img/media/Cartilha_Diversidade_sexual_Escolas.pdf>

PEREIRA, GRAZIELA RAUPP; VARELA, CRISTINA MONTEGGIA; SILVEIRA, GUILHERME PEREIRA. O fenômeno do bullying homofóbico nas instituições de ensino: o direito à igualdade sexual e o princípio da dignidade da pessoa humana. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, v. 10, n. 2, p. 1489-1506, 2015

 OLWEUS, D., (1991). Bully/Victim Problems Among School Children: Some Basic Facts and Effects of a Schoolbased Intervention Program. In Pepler,

OLIVEIRA, l. in: PASSAMANI, G.R. (contra) pontos: ensaios sobre gênero, sexualidade e diversidade sexual. Editora da UFMS, s/d[no prelo]

 MAC & GHAILL, M. (1991). Schooling, sexuality and male power: towards an emancipatory curriculum. Gender and Education, 3, 291–309.

 SILVA, GEANE DE JESUS. Bullying: quando a escola não é um paraíso, Artigo publicado na edição nº 364 do jornal Mundo Jovem - março de 2006, páginas 2 e 3 Disponível em: http://www.mundojovem.com.br/bullying.php

 UFMG - Textos adaptados das cartilhas do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais. https://www.ufmg.br/prae/acoes-afirmativas/sexualidades/. Acesso em 23/08/21.

 http://www.itad.pt/bullying-e-caracteristicas/. Cecília Carvalho, acesso em: 22/08/21,

 

 

 

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